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‘Cofres’ da PM guardam mais de 16 mil armas apreendidas em SP

Painel Político –

Uma onda de furtos e roubos de armas, que haviam sido apreendidas nas ruas e estavam guardadas em fóruns do estado, levou a uma mudança de procedimento no Tribunal de Justiça de São Paulo.

Desde julho de 2017, as armas apreendidas e acauteladas em inquéritos e processos em andamento passam a ficar sob a guarda da Polícia Militar, em cofres secretos dentro de batalhões na capital e no interior de São Paulo.

A mudança ocorreu após sete casos de furtos e roubos ocorridos no estado, segundo dados obtidos pelo G1 com base na Lei de Acesso à Informação (LAI): sumiram 797 armas de fóruns e tribunais em menos de dois anos.

Os maiores casos foram em junho de 2017: o primeiro, em Guarujá, no litoral paulista, quando 374 armas foram levadas. Em seguida, mais 400 foram roubadas em Diadema, na Grande São Paulo. Para evitar que o problema se repetisse, o Tribunal de Justiça (TJ) baixou uma norma: as armas não ficam mais nos fóruns.

Segundo o comandante da PM de São Paulo, coronel Nivaldo Restivo, 35 unidades da corporação guardam mais de 16 mil armas anexadas em processos. Nos batalhões, elas ficam separadas das que são utilizadas diariamente pelos policiais, em espécies de salas-cofre.

Dentro dos cofres, as armas estão ainda individualizadas em caixas de madeira com cadeados -só responsáveis pelos tribunais possuem as chaves das caixas.

“Elas ficam em uma sala com cadeado, nós só temos a chave do cadeado. Quando é preciso retirar uma, os tribunais avisam a PM com 10 dias de antecedência. Elas não se confundem com a reserva de armas da PM”, explica o oficial. A capacidade da PM é de acautelar até 20 mil armas para o Tribunal de Justiça. Quando as unidades preenchem 80% da capacidade, o Judiciário é avisado e os batalhões não recebem mais.

Infográfico mostra como são guardadas as armas apreendidas com bandidos em SP (Foto: Roberta Jaworski/G1)

Dos 35 quartéis policiais que abrigam as armas, seis encontram-se na região metropolitana e uma delas é um batalhão da Tropa de Choque, a unidade de elite de São Paulo localizada na capital.

“Fizemos uma grande mobilização em um feriado prolongado em julho de 2017 e retiramos, em quatro dias, todas as armas que estavam em todos os fóruns do estado. Tínhamos um acordo desde 2009 com o Judiciário de que eles poderiam acautelar as armas conosco, mas os locais eram pouco usados”, afirma o comandante da PM.

Publicado por » Danny Bueno

Especializado em Jornalismo Político e Investigativo. Está radicado nos Estados de Mato Grosso e Rondônia, construiu a carreira trabalhando para sites, jornais e emissoras de TV de Mato Grosso e Rondônia. É assessor de imprensa, é roteirista, produtor de eventos, compositor, editor de conteúdo, relações públicas, analista político e de marketing social. É filiado à ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. (http://portaldosjornalistas.com.br/jornalista/danny-bueno)

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