Página Inicial / Brasil / TCU abre investigação contra disciplina “Golpe de 2016”, da UnB

TCU abre investigação contra disciplina “Golpe de 2016”, da UnB

MEC não formalizou pedido de apuração, mas Corte investigará, por conta própria, se universidade cometeu irregularidade ao criar matéria

O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu investigação acerca de supostas irregularidades relacionadas à disciplina “Tópicos Especiais em Ciência Política 4: O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”, oferecida pelo curso de ciência política da Universidade de Brasília (UnB). Não há, no entanto, prazo para que a análise seja concluída nem para posterior julgamento pela Corte.

Ao todo, a universidade ofereceu 50 vagas para o curso, cujas aulas tiveram início nessa segunda-feira (5/3). De acordo com a ementa da disciplina, nas aulas serão apresentados “os elementos de fragilidade do sistema político brasileiro que permitiram a ruptura democrática de maio e agosto de 2016, com a deposição da presidente Dilma Rousseff”. A matéria pretende ainda analisar o governo de Michel Temer e “investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil”.

Ao ter conhecimento do teor do curso, o ministro da Educação, Mendonça Filho, afirmou que pediria abertura de “apuração de improbidade administrativa por parte dos responsáveis pela criação da disciplina”. Ele disse que acionaria, com esse objetivo, a Advocacia-Geral da União (AGU), Controladoria-Geral da União (CGU), o Ministério Público Federal (MPF) e o TCU. Mas, de acordo com o Ministério da Educação, não houve formalização de tais pedidos.

“O processo vai para análise da unidade técnica e será posteriormente enviado ao gabinete do ministro-relator [Walton Alencar Rodrigues]. Em momento oportuno, o ministro vai pautar a investigação para a análise do colegiado”, informou o TCU, ao Metrópoles, por meio de nota. De acordo com a assessoria da Corte, o tribunal está agindo por iniciativa própria; até o momento, não houve qualquer pedido para que o órgão procedesse a abertura de investigação a respeito do caso.

Procurada, a UnB afirmou que não tem conhecimento de nenhuma notificação relacionada à apuração do TCU e que “analisará, oportunamente, se for notificada, quais serão as providências a serem adotadas”. Paralelamente, ainda ocorre outra investigação. O ex-reitor da universidade José Geraldo de Sousa Junior alegou que a atitude do MEC e da Corte significa “ameaça ao livre exercício da docência” e pediu que a Comissão de Ética Pública da Presidência da República apurasse. Assim, em 26 de fevereiro, um processo foi aberto contra o ministro da Educação.

Disciplina facultativa
Na matéria “Golpe de 2016”, também estão previstas as seguintes aulas: A Nova Direita Radical e a Ascensão do Parafascismo, A Campanha pela Deposição de Dilma, Possibilidades de Reforço da Resistência Popular e de Restabelecimento do Estado de Direito e da Democracia Política no Brasil, A Campanha pela Deposição de Dilma: a mídia, A Campanha pela Deposição de Dilma: o Judiciário e a Lava Jato e O projeto do governo Temer: retirada de direitos.

Em nota, a Universidade de Brasília afirmou que a proposta de criação de disciplinas, bem como suas respectivas ementas, é de responsabilidade das unidades acadêmicas, que têm autonomia para propor e aprovar conteúdos em seus órgãos colegiados.

“Além disso, a referida disciplina é facultativa, não integrando a grade obrigatória de nenhum curso. A UnB reitera seu compromisso com a liberdade de expressão e opinião – valores fundamentais para as universidades, que são espaços, por excelência, para o debate de ideias em um Estado democrático”, completou a instituição.

Já o professor Luis Felipe Miguel, que ministrará as aulas, vem postando desabafos nas redes sociais em defesa da disciplina. Confira abaixo:

No primeiro dia de aula da disciplina, os estudantes tiveram que lidar com um esquema especial montado pela Universidade de Brasília para prevenir possíveis tumultos. A aula, inicialmente marcada para acontecer no pavilhão João Calmon, no campus Darcy Ribeiro, teve seu endereço modificado para uma das salas reservadas à pós-graduação no prédio do Instituto de Ciências Políticas (Ipol).

Fonte: metropoles

O post TCU abre investigação contra disciplina “Golpe de 2016”, da UnB apareceu primeiro em Painel Político.



___________________________________________
LINK DA NOTÍCIA:TCU abre investigação contra disciplina “Golpe de 2016”, da UnB
FONTE: PAINEL POLÍTICO

SEJA UM REPÓRTER CIDADÃO

SEJA UM REPÓRTER CIDADÃO

Vários vídeos, matérias e denúncias são enviados diariamente a nossa redação pelos leitores do GAZETA DE RONDÔNIA.

Se a imprensa de seu município ou Estado não noticia reportagens sobre corrupção, envolvimento de pessoas ou autoridades em crimes, abusos ou de qualquer outra natureza que seja de interesse público?

Mande sua pauta que nós publicamos!

Pode ser pelo e-mail: contato@gazetaderondonialcom.br ou pelo WhatsApp da Redação: (66) 9.8412 – 5210.

Envie fatos com imagens, comprovação, documentos, processos, que a gente apura e publica.

Deixe seu comentário abaixo e compartilhe, via Facebook e WhatsApp

Publicado por » Danny Bueno

Especializado em Jornalismo Político e Investigativo. Está radicado nos Estados de Mato Grosso e Rondônia, construiu a carreira trabalhando para sites, jornais e emissoras de TV de Mato Grosso e Rondônia. É assessor de imprensa, é roteirista, produtor de eventos, compositor, editor de conteúdo, relações públicas, analista político e de marketing social. É filiado à ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. (http://portaldosjornalistas.com.br/jornalista/danny-bueno)

Que tal ler esta?

Greve de caminhoneiros faz governo estender vacina contra gripe

Sem transporte ou com pouco combustível, muitas pessoas não conseguiram chegar até os postos de …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *