Vídeo mostra homem discutindo e empurrando grupo. Advogado confirma ser ele nas imagens.
As imagens foram gravadas no sábado (31), em frente a uma loja da Asa Sul. O advogado Leonardo Gomes Pereira, de 33 anos, confirmou ao G1 que é ele quem aparece no vídeo, mas afirmou “estar sendo crucificado nas redes sociais”.
Inara disse que, além de agredi-la, Pereira rasgou três exemplares da revista que custavam R$ 20 e R$ 10. A designer explicou que decidiu denunciar o advogado mesmo após a mãe dele ter se oferecido para arcar com o prejuízo.
“É para que ele pense duas vezes antes de agredir mulheres.”
Troca de empurrões
A Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam) investiga o caso. O vídeo, segundo Inara, foi gravado logo depois que o advogado rasgou as revistas. As imagens mostram Pereira discutindo com um grupo de pessoas.
Uma mulher tenta empurrá-lo e é agarrada pelo braço. Nesse momento, um homem de barba o empurra. Uma outra mulher, identificada como mãe de Pereira, surge para apartar a briga e consegue levar o advogado embora.
A designer disse que estava vendendo as revistas normalmente, em frente a uma loja da 306 Sul, quando o advogado chegou. Segundo Inara, ele começou a folhear os exemplares enquanto falava ao celular e, em seguida, passou a ofendê-la.
“Como ele estava no celular e sorrindo, até achei que fosse uma brincadeira […]. Mas aí ele chamou minhas revistas de criminosas e disse que, para não me levar presa, as levaria embora.”
Procurado pela reportagem, o advogado afirmou que os fatos não ocorreram conforme o relato de Inara. “Eu era quem estava em posição de desvantagem, considerando o número de pessoas envolvidas”, disse ele.
“As coisas não foram como relatado pela garota. É uma pena que o vídeo não mostre o vandalismo sofrido pelo carro da minha mãe.”
A revista
A capa da zine – tipo de revista independente geralmente editada para exibir trabalhos de artistas – mostra uma cruz invertida. Na primeira página, o nome “Sagrada” é exibido acima de uma imagem com mãos sobrepostas: duas na posição de oração e outra fazendo um gesto obceno.
Apesar do conteúdo crítico às igrejas, no editorial da revista Inara escreveu que é cristã. “É importante notar que nenhuma das histórias apresentadas nessa zine critica a doutrina cristã (embora isso seja bastante possível e recomendável), mas sim o comportamento daqueles que se afirmam cristãos e seus sacerdotes na medida em que distorcem o conteúdo da Bíblia ou agem de maneira hipócrita e/ou criminosa”, diz o texto.
Outras polêmicas
O desentendimento entre a designer e o advogado do DF ocorreu em frente a mesma loja de Brasília onde eram vendidas imagens de santos caracterizados como personagens ou ídolos pop. Nossa Senhora, por exemplo, podia ser encontrada em versões como Batman, Mulher Maravilha, Malévola, Frida Kahlo, David Bowie, Galinha Pintadinha e Minnie.
Em 2016, o comércio da 306 Sul gerou polêmica depois que um juiz de Goiânia proibiu a artista Ana Smile, que é goiana, de comercializar as imagens que eram vendidas na loja e pela web. A ação foi proposta pela Arquidiocese de Goiânia alegando que Ana fazia “sátira” com os personagens religiosos.
O que dizem as leis
- Art. 208, Código Penal Brasileiro: Escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso: Pena – detenção, de um mês a um ano, ou multa.
- Artigo 5°, IX, Constituição Federal: é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença.
Fonte: g1
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FONTE: PAINEL POLÍTICO
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