Página Inicial / Brasil / União Europeia veta importação de carne de frango de 20 frigoríficos do País e atinge em cheio o Paraná

União Europeia veta importação de carne de frango de 20 frigoríficos do País e atinge em cheio o Paraná

Quase metade da lista de plantas afetadas são do estado, que é o maior produtor de frango do país

Os Estados-membros da União Europeia decidiram nessa quinta-feira, 19, por unanimidade, descredenciar 20 unidades brasileiras exportadoras de carne, principalmente de ave, para o bloco. Em nota, a Comissão de Saúde e Segurança Alimentar da UE afirmou que a medida foi adotada em função de “deficiências detectadas no sistema de controle oficial brasileiro”. A decisão começará a valer 15 dias após publicação oficial.

O embargo atinge em cheio oito frigoríficos do Paraná, que é o maior produtor de frango do país, responsável por um terço da produção nacional . É também o que mais exporta este tipo de carne: de cada 3 quilos de frango que saem do Brasil, um é produzido em frigoríficos paranaenses. A BRF já anunciou que dará férias coletivas de 30 dias a cerca de 2 mil funcionários da linha de abate de aves do frigorífico de Toledo, no oeste do Paraná, a partir do dia 2 de julho.

No rol estão 11 unidades da BRF, mais a sua subsidiária SHB, e oito de cooperativas e agroindústrias: Copacol, Copagril, Zanchetta, São Salvador, Bello Alimentos, Coopavel, Avenorte Avícola Cianorte e LAR Cooperativa.

Segundo dados da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), a UE representa cerca de 11% da receita de exportações de carne de frango do País, com US$ 770 milhões ante um total de US$ 7,1 bilhões em 2017. Nas estimativas do governo, a suspensão corresponde a uma parcela de 30% e 35% do que o Brasil exporta para o mercado europeu, ou US$ 230 milhões a US$ 270 milhões anuais.

Impacto

Em visita a Campo Mourão, no Paraná, o ministro da Agricultura Blairo Maggi afirmou que as companhias terão de buscar outros mercados enquanto os procedimentos de reabertura para a UE terão de ser feitos. “Temos um problema que não é o fim do mundo, e as empresas têm capacidade de superar”, disse o ministro. Maggi afirmou que, apesar de o Ministério da Agricultura ser um “órgão regulador”, a Pasta poderá auxiliar as companhias que tiverem dificuldades financeiras com uma intermediação junto a bancos.

O ministro explicou que, após a suspensão, o processo de reabertura recomeça “o mais breve possível”, com a elaboração de um plano de contingência e a solicitação de uma nova missão da UE para auditorias nas plantas suspensas. Técnicos da Pasta calculam que a retomada do mercado demorará mais de um ano.

Maggi confirmou também que o Brasil vai recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra as tarifas impostas pela UE para que a carne de frango salgada entre no bloco econômico com um rigor sanitário menor. “Estamos sendo penalizados, pois há uma proteção por parte de saúde (com o veto) que a gente põe uma interrogação, e uma proteção de mercado que a gente não quer mais aceitar e quer brigar”, afirmou.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) afirmou que a suspensão é “infundada”, porque se trata de uma “medida protecionista que não se ampara em riscos sanitários ou de saúde pública”.

Para a superintendente de Relações Internacionais da CNA, Ligia Dutra, o maior perigo é o de outros países aderirem à medida. “O grande impacto seria um efeito cascata, já que exportamos para 160 mercados. A medida da União Europeia afeta a credibilidade do setor e temos que cuidar para reverter isso e manter a confiança do nosso importador.” Ela defende que o Brasil adote medidas semelhantes às praticadas pelos europeus.

Respostas

Em nota, a BRF afirmou que acredita que a decisão da UE “não foi baseada em questões sanitárias, mas pautada em motivações políticas e de proteção de seu mercado local”. Segundo a empresa, a medida “evidencia uma barreira comercial, que não impacta apenas a BRF, mas a balança comercial brasileira”. Como não foi informada oficialmente, a empresa disse que não podia afirmar quais unidades foram contempladas e que vai procurar seus direitos perante os órgãos responsáveis europeus.

Procuradas, Zanchetta e Copagril afirmaram que vão se pronunciar apenas após a confirmação oficial. Avenorte e Coopavel não comentaram. As outras empresas não responderam os pedidos de entrevista.

Estadão

O post União Europeia veta importação de carne de frango de 20 frigoríficos do País e atinge em cheio o Paraná apareceu primeiro em Painel Político.



___________________________________________
LINK DA NOTÍCIA:União Europeia veta importação de carne de frango de 20 frigoríficos do País e atinge em cheio o Paraná
FONTE: PAINEL POLÍTICO

SEJA UM REPÓRTER CIDADÃO

SEJA UM REPÓRTER CIDADÃO

Vários vídeos, matérias e denúncias são enviados diariamente a nossa redação pelos leitores do GAZETA DE RONDÔNIA.

Se a imprensa de seu município ou Estado não noticia reportagens sobre corrupção, envolvimento de pessoas ou autoridades em crimes, abusos ou de qualquer outra natureza que seja de interesse público?

Mande sua pauta que nós publicamos!

Pode ser pelo e-mail: contato@gazetaderondonialcom.br ou pelo WhatsApp da Redação: (66) 9.8412 – 5210.

Envie fatos com imagens, comprovação, documentos, processos, que a gente apura e publica.

Deixe seu comentário abaixo e compartilhe, via Facebook e WhatsApp

Publicado por » Danny Bueno

Especializado em Jornalismo Político e Investigativo. Está radicado nos Estados de Mato Grosso e Rondônia, construiu a carreira trabalhando para sites, jornais e emissoras de TV de Mato Grosso e Rondônia. É assessor de imprensa, é roteirista, produtor de eventos, compositor, editor de conteúdo, relações públicas, analista político e de marketing social. É filiado à ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. (http://portaldosjornalistas.com.br/jornalista/danny-bueno)

Que tal ler esta?

Greve de caminhoneiros faz governo estender vacina contra gripe

Sem transporte ou com pouco combustível, muitas pessoas não conseguiram chegar até os postos de …

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *