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Doria e Moro fazem aparente acordo de não-agressão e podem seguir juntos para candidatura à presidência em 2022

A reunião entre o governador paulista João Doria (PSDB) e o ex-ministro Sergio Moro, ocorrida na quarta-feira (8), reforçou as especulações sobre o futuro político de ambos e a força das candidaturas de “terceira via” na eleição presidencial do ano que vem. Tanto Doria quanto Moro, que se filiou recentemente ao Podemos, são pré-candidatos à sucessão de Jair Bolsonaro.

Oficialmente, o encontro teve como pauta a discussão da conjuntura política nacional. Doria, após a reunião, disse que seu diálogo com Moro foi “positivo para construção de uma base de centro liberal com sentimento de proteção do Brasil e dos brasileiros”. O ex-juiz deu declarações na mesma linha. Pouco antes, Moro havia se encontrado com o governador gaúcho Eduardo Leite, rival de Doria nas prévias do PSDB, e com o cientista político Felipe D’Ávila (Novo), igualmente pré-candidato à Presidência.

As especulações que se desenvolveram após o encontro entre Doria e Moro correm em torno da desistência de um deles na disputa do ano que vem, que cederia em apoio ao outro – se colocando na condição de vice, ou mesmo ficando de fora da eleição. Há ainda a possibilidade de que ambos mantenham suas candidaturas e que a reunião da quarta tenha sido o primeiro encaminhamento de um “pacto de não-agressão” que nortearia a campanha dos dois em 2022. E uma corrente vê no encontro pouco mais do que mera formalidade, do que uma conversa de cortesia entre dois nomes que, até os dias atuais, não carregam inimizade entre si.

O deputado federal Domingos Sávio (MG), vice-presidente nacional do PSDB, avalia que o encontro entre Doria e Moro “sinaliza uma coisa muito óbvia: que existem afinidades de propósito entre eles”. “E essa afinidade, no meu entendimento, é o primeiro caminho para a construção de uma aliança”, acrescentou.

Segundo o parlamentar, o PSDB buscará, no ano que vem, “uma terceira via para ganhar a eleição, e não para ficar em terceiro”. Neste contexto, de acordo com Sávio, “quem se fechar ao diálogo cometerá um grande erro”.

O deputado chamou Moro de “homem de grande história no combate à corrupção” e disse que este aspecto o conecta ao governador. “Doria é alguém sobre quem não pesa nenhuma mancha, é muito rigoroso no trato com a coisa pública. Então são duas pessoas com grande afinidade neste sentido”, reiterou.

Sávio acrescentou que o PSDB “nunca fez” gestos de agressão em relação a Moro, nem quando ele era juiz e nem quando ele integrou o governo Bolsonaro, na condição de ministro da Justiça e Segurança Pública. “As teses que ele defendia como ministro eram também defendidas pela maioria do PSDB”, declarou.

Quando era auxiliar de Bolsonaro, Moro chegou a ser homenageado por Doria. O governador concedeu ao então ministro em 2019 a Ordem do Ipiranga, principal honraria do estado de São Paulo. E à época dos seus trabalhos ligados à Operação Lava Jato, na 13ª Vara Federal de Curitiba, Moro era costumeiramente celebrado pelos membros do PSDB – especialmente nas ocasiões em que tomou decisões contrárias a integrantes do PT, partido rival histórico dos tucanos.

Para um membro da cúpula do Podemos, porém, o encontro entre Moro e Doria não deve trazer consequências práticas. “Isso foi apenas uma formalidade, ou uma demonstração de civilidade. Na política podemos ser adversários sem ser inimigos. Então é possível sentar à mesa para discutir problemas do país”, declarou.

Mas ele pondera que existe muito “jogo de cena” e que não vê a possibilidade de Moro ou Doria abrirem mão de suas pretensões presidenciais. “As ambições são legítimas, mas muitas vezes carregam um grau elevado de obstinação, o que dificulta a renúncia a favor de outro nome”, colocou.

O presidente nacional do PSDB, Bruno Araújo, disse em entrevista à revista Veja que via Moro como “um bom vice” para Doria. Já a comandante do Podemos, a deputada federal Renata Abreu (SP), declarou também na quarta-feira (8) que Moro teria “desprendimento” para abrir mão da candidatura e apoiar um projeto com consistência para derrotar Bolsonaro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Mas ressaltou que o momento atual é favorável ao ex-juiz.

Doria e Moro representam partidos com peso no jogo político nacional. A sigla do governador de São Paulo já venceu duas eleições presidenciais e administra também outros dois estados, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. Já o Podemos, após ser refundado com o atual nome em 2017, ganhou visibilidade e detém, atualmente, uma das maiores bancadas do Senado.

Apesar disso, os dois partidos fracassaram na corrida presidencial de 2018. O PSDB apostou no ex-governador Geraldo Alckmin, que vinha referendado por sucessivas vitórias eleitorais em São Paulo e pela maior coligação daquela disputa, o que lhe conferiu amplo tempo na propaganda partidária. Ele, porém, recebeu menos de 5% dos votos válidos, o pior desempenho do partido na história das eleições presidenciais.

O Podemos teve como candidato o senador Alvaro Dias (PR) e foi ainda pior, com menos de 1% dos votos válidos. Dias recebeu, em 2018, menos votos do que conquistou em 2014, quando se candidatou ao Senado pelo Paraná.

Créditos: Gazeta do Povo.

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FONTE: Terra Brasil

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Publicado por » Danny Bueno

Especializado em Jornalismo Político e Investigativo. Está radicado nos Estados de Mato Grosso e Rondônia, construiu a carreira trabalhando para sites, jornais e emissoras de TV de Mato Grosso e Rondônia. É assessor de imprensa, é roteirista, produtor de eventos, compositor, editor de conteúdo, relações públicas, analista político e de marketing social. É filiado à ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. (http://portaldosjornalistas.com.br/jornalista/danny-bueno)

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