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Intervenção federal no Rio gera onda de informações falsas nas redes sociais, veja as principais

Painel Político –

São boatos como a de que quem estiver na rua depois das 22h sem um documento de identificação e a carteira de trabalho assinada “será levado sob custódia para um quartel (ainda a ser definido) na vila militar”, como diz um dos textos que viralizaram na internet.

Na terça-feira, o Senado aprovou o decreto presidencial que autoriza a intervenção no Rio de Janeiro. A ação será válida até dia 31 de dezembro deste ano e foi aprovada por 55 votos favoráveis e 13 contra, com uma abstenção. Era necessária a maioria simples dos senadores para que o texto fosse aprovado.

A intervenção já estava em vigor desde a semana passada, mas o governo precisava do aval do Congresso para que a medida continuasse valendo. Pelo texto, o general do Exército Walter Souza Braga Netto foi nomeado interventor. Ele ficará subordinado ao presidente e passará a exercer “o controle operacional de todos os órgãos estaduais de segurança pública”.

Sendo assim, durante o período em vigor do decreto, o comando da segurança pública deixa de ser competência do governo do Rio de Janeiro. Além disso, segundo o texto, o interventor “não está sujeito às normas estaduais que conflitarem com as medidas necessárias à execução da intervenção”. Mas detalhes sobre como essa intervenção vai ocorrer ainda não foram divulgados.

Abaixo, você confere as principais informação falsas que vêm circulando nas redes sociais e por que são boatos. Em nota enviada à BBC Brasil, o Exército afirmou que “não comenta informações inverídicas”.

Fake news sobre intervenção federal no RJ
Image captionImagem: Reprodução/WhatsApp

Informação falsa: Prisão para quem não portar documento de identificação com carteira de trabalho assinada após 22h do dia 18 de fevereiro

Por que é boato

– Não existe Ministério do Exército. O Exército é subordinado ao Ministério da Defesa, assim como a Marinha e a Aeronáutica.

– Os boletins internos do Exército não são intitulados SPOEX, mas SGEx.

– Não há dispositivo legal que obrigue o cidadão a portar documento de identificação. Além disso, a carteira de trabalho só é obrigatória a quem venha a prestar algum tipo de serviço profissional no Brasil. Sendo assim, nem toda a população a possui.

– Os detalhes da intervenção federal ainda não foram divulgados.

Fake news sobre intervenção federal no RJ
Imagem: Reprodução/Facebook

Informação falsa: Plano Estadual de Intervenção Militar é divulgado

Por que é boato

– Não existe Ministério do Exército. O Exército é subordinado ao Ministério da Defesa, junto com a Marinha e a Aeronáutica.

– Os detalhes da intervenção federal ainda não foram divulgados.

– O interventor federal é o general do Exército Walter Souza Braga Netto. Ivan Cosme de Oliveira Pinheiro é coronel da reserva do Exército, professor universitário e diretor de Comunicação Social do Clube Militar.

– Em sua página oficial na internet, a Revista Sociedade Militar desmente o conteúdo do texto: “Esse tipo de informação só se presta a espalhar pânico e fazer com que a sociedade veja com maus olhos a ação desencadeada no Rio de Janeiro. Um dos propagadores, pasmem, é um jornal de Brasília, que em tese deveria estar bem informado”.

Fake news sobre intervenção federal no RJ
Imagem: Reprodução/Facebook

Informação falsa: Colaboração da Rota (Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar, a tropa de elite da PM de São Paulo) com a PM do Rio para revista de carros, caminhões e ônibus na rodovia Presidente Dutra, que liga os dois Estados

Por que é boato

– Os detalhes da intervenção federal ainda não foram divulgados.

– Não há registro de reunião envolvendo o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), sobre possível ajuda ao Rio de Janeiro.

– Houve, sim, uma reunião, mas entre os secretários de Segurança Pública de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais com o objetivo de traçar estratégias conjuntas para prevenção de crimes nas divisas dos três Estados com o Rio de Janeiro.

Fake news sobre intervenção federal no RJ
Imagem: Reprodução/Facebook

Informação falsa: Lista dos militares que vão comandar os Batalhões da PM do Rio de Janeiro

Por que é boato

– Há 41 BPMs (Batalhões da Polícia Militar) no Rio de Janeiro, e não 27.

– O general Alfredo Barbosa foi comandante da 3ª Brigada de Cavalaria do Exército brasileiro entre 1909 e 1910.

– O general Rui Brito é um “Brigadeiro-General Piloto Aviador” da Força Aérea de Portugal.

Fake news sobre intervenção federal no RJ
Image captionImagem: Reprodução/Facebook

Informação falsa: Discurso do general Gramoza

Por que é boato

– O “general Gramoza” não existe.

– O texto é de autoria do general da Reserva Paulo Chagas, publicado em seu blog em janeiro de 2015. Chagas buscava a exclusão do nome do pai, Floriano Aguilar Chagas, do relatório da Comissão Nacional da Verdade. A família do militar havia ingressado na Justiça contra a comissão descrevendo as ações dele como adido do Exército na Embaixada do Brasil em Buenos Aires, nos anos da ditadura, como “meramente diplomáticas”.

Fake news sobre intervenção federal no RJ
Imagem: Reprodução/Facebook

Informação falsa: Vídeo mostra tanques na rodovia Presidente Dutra

Por que é boato

– O vídeo circula desde 2013 e não foi gravado na Via Dutra, mas sim na Fernão Dias, que liga São Paulo a Belo Horizonte.

– Os blindados foram enviados para a Escola de Sargento das Armas do Exército, em Três Corações, no sul de Minas Gerais, segundo disse na ocasião o tenente-coronel Marcus Vinicius Messeder, chefe da assessoria de comunicação da 4ª Região Militar, ao jornal mineiro O Tempo.

Fake news sobre intervenção federal no RJ
Imagem: Reprodução/Facebook

Informação falsa: Foto mostra militar revistando crianças no Rio de Janeiro

Por que é boato

– A foto já havia circulado em agosto do ano passado, quando o Rio de Janeiro registrou um recorde de 26,9 mil alunos sem aula por causa do temor da violência. A imagem, na verdade, é de 1994.

Luis Barrucho

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FONTE: PAINEL POLÍTICO

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Publicado por » Danny Bueno

Especializado em Jornalismo Político e Investigativo. Está radicado nos Estados de Mato Grosso e Rondônia, construiu a carreira trabalhando para sites, jornais e emissoras de TV de Mato Grosso e Rondônia. É assessor de imprensa, é roteirista, produtor de eventos, compositor, editor de conteúdo, relações públicas, analista político e de marketing social. É filiado à ABRAJI - Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo. (http://portaldosjornalistas.com.br/jornalista/danny-bueno)

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