Casal foi denunciado por uso de três helicópteros do estado para uso privado
RIO – O juiz titular da 32ª Vara Criminal, Guilherme Shilling, aceitou, na tarde desta sexta-feira, a denúncia feita pelo Ministério Público estadual contra o ex-governador Sérgio Cabral e a mulher dele, Adriana Ancelmo, pelo uso particular dos helicópteros do estado. É a primeira vez que Cabral e Adriana são réus num processo na Justiça Estadual. Os dois estão presos. Cabral se encontra no Complexo Médico de Pinhais, no Paraná, e a mulher em prisão domiciliar, no apartamento do casal no Leblon.
Segundo levantamento feito pelo promotor Cláudio Calo, o ex-governador e seus familiares utilizavam livremente três helicópteros do governo do estado para fazer deslocamentos de caráter pessoal. Ao todo, foram identificados 2.281 voos para fins privados. Foram 1.039 viagens somente na rota entre o heliporto da Lagoa, na Zona Sul do Rio, e o condomínio Portobello, em Mangaratiba, na Costa Verde, onde a família tinha casa. Em pelo menos 109 ocasiões os três helicópteros viajaram simultaneamente para o local.
Em novembro do ano retrasado, no dia da prisão de Cabral, O GLOBO mostrou que o ex-governador fez, entre agosto de 2013 e abril de 2014, sozinho, na companhia da mulher Adriana Ancelmo, filhos e empregada doméstica, além de assessores e convidados, um total de 51 viagens de helicóptero entre o Rio e Mangaratiba, uma média de 6 voos por mês até entregar o cargo a Luiz Fernando Pezão.
Os promotores destacam outro exemplo de como Cabral utilizava os helicópteros para seu próprio conforto. Foram identificadas 1.033 viagens entre um heliponto próximo a casa do ex-governador, no Leblon, e o Palácio Guanabara, em Laranjeiras. O trajeto de sete quilômetros levava sete minutos pelo ar. De carro, levaria cerca de 20 minutos. A justificativa dada pelo ex-governador para percorrer rotineiramente um trecho tão curto eram supostas ameaças de morte que teria recebido. Porém, as duas rotas de voo possíveis deixavam o ex-governador vulnerável a ataques de traficantes: as aeronaves eram obrigadas a sobrevoar o morro Dona Marta, em Botafogo, ou pelo Chapéu Mangueira, no Leme. Em depoimento, um dos pilotos que serviam Cabral afirmou que “por não serem blindadas, poderiam as aeronaves ser alvejadas por disparos em favelas”. Ele acrescenta que “um tiro de fuzil atingiria tranquilamente a aeronave”.
Durante seu segundo mandato, Cabral ordenou a aquisição de mais duas aeronaves, a um custo de R$ 32,6 milhões para o estado. Um deles, considerado um equipamento de luxo, era do modelo Agusta Grand 109, com capacidade para dois pilotos e cinco passageiros. Em depoimento ao MP-RJ, questionado se poderia ser comparada a uma BMW, um dos pilotos afirmou que a aeronave na realidade era uma Ferrari.
Outro depoimento mostra que Cabral utilizou os helicópteros para viajar diretamente da Marquês de Sapucaí para Mangariba, levando consigo convidados: “o declarante se recorda de (…), no carnaval, de madrugada transportar amigos da família de Sérgio Cabral para Mangaratiba, após presenciar o desfile de escolas de samba na Apoteose”.
Fonte: oglobo
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LINK DA NOTÍCIA:Cabral e Adriana Ancelmo viram réus na Justiça estadual pela primeira vez
FONTE: PAINEL POLÍTICO
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